Santander lucra mais de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre de 2024

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30 de abril 2024

O Santander obteve Lucro Líquido Gerencial de R$ 3,021 bilhões, no primeiro trimestre de 2024. O valor representa crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023 e alta de 37,1% no trimestre anterior. O Lucro líquido Contábil, por sua vez, também teve alta, de 42,3% em 12 meses e de 38,6% no trimestre. O retorno sobre o patrimônio do banco (ROAE) ficou em 14,1%, o que representou um acréscimo de 3,5 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses. Segundo o banco, o resultado “está fundamentada na evolução da margem, evidenciando a nossa retomada do crescimento, aumento da nossa carteira de crédito no varejo e melhora do custo de crédito”. O lucro do período no Brasil representou 19,7% do lucro global do banco, de € 2,852 bilhões, com alta de 19,6% em 12 meses.

A secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Rita Berlofa, lembra que, apesar do lucro bilionário, os trabalhadores e as trabalhadoras sofrem com o descaso do banco. “Recebemos muitos relatos da Bahia e de Brasília sobre a falta de assistência médica e o desinteresse do banco em solucionar o problema. Nos relatam também que muitos trabalhadores estão pedindo demissão pelas péssimas condições de trabalho. O Santander deveria respeitar e valorizar os trabalhadores que fazem o lucro desta empresa”.

A holding Santander encerrou o ano com 55.210 empregados, com abertura de 1.654 postos de trabalho em 12 meses, contudo, houve fechamento de 400 postos em relação ao trimestre anterior. A base de clientes aumentou em 4,0 milhões em relação a março de 2023, totalizando 67,1 milhões. Em relação à estrutura física, foram fechados 374 pontos de atendimento (inclui agências físicas, postos de atendimento bancário e lojas) em 12 meses (89 no trimestre).

“Mesmo com esses resultados impressionantes, o banco reduziu postos de trabalho no trimestre, fechou agências, com o novo modelo implementado, batizado de Multicanalidade. É fundamental que o Santander cumpra o seu papel, como concessão pública no Brasil, atendendo todos os segmentos e todos os clientes indistintamente”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da COE (Comissão de Organização de Empresa) do Santander.

Veja aqui os destaques do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Fonte: Contraf-CUT